Assis Esperança
António Assis Esperança, foi um escritor e jornalista português. Nasceu em Faro a 27 de março de 1892 tendo falecido em Lisboa a 3 de março de 1975. Trabalhou para as publicações Seara Nova, O Diabo e Vértice, Renovação (1925-1926) e dirigiu o jornal de crítica teatral “A Crítica”. Foi membro do Pen Club e um fundadores da Sociedade Contemporânea de Autores, pertencendo à primeira direcção da Sociedade Portuguesa de Escritores (ambas encerradas pelo Estado Novo).
Brasão da Cidade
O brasão de armas da cidade de Faro constitui, acima de tudo, uma homenagem à Mãe de Cristo, dada pela cidade, cujo símbolo é, ainda, a evocação dum antigo local onde a sua imagem esteve exposta: na muralha.
Búzio
Peça artistica junto à Doca de Recreio de Faro.
Cápsula do Tempo 2019-2220
A União das Freguesias de Faro juntamente com a Venerável Ordem Terceira do Carmo enterrou uma cápsula do tempo no Largo do Carmo a 7 de fevereiro de 2019. Esta Cápsula do Tempo tem como finalidade preservar e divulgar a história, a identidade e a cultura de Faro dos nossos dias para serem redescobertos daqui a dois séculos, estando pensada para ser aberta no dia 2 de fevereiro de 2220. Para isso foi colocado no interior do invólucro objetos característicos da nossa época e que são demonstrativos do local e do tempo em que vivemos.
Cegonha
A cegonha é um dos símbolos de Faro e uma marca identitária desta cidade. Esta escultura foi oferecida à cidade pelo Banco Montepio cujo símbolo é também uma cegonha.
Chafariz
Este chafariz foi implementado em 1890 e fez parte integrante do plano de abastecimento de água à cidade de Faro.
Coronel Aboim Ascensão
Militar e político, nasceu em Faro, a 23 de agosto de 1859, e faleceu com 70 anos de idade em Lisboa, a 22 de janeiro de 1930. Oriundo de uma das mais ricas e prestigiadas famílias do Algarve, possuía um primoroso carácter e uma inexcedível bondade, sempre muito preocupado com os mais desfavorecidos e, sobretudo, com o combate à pobreza, nunca se alheando do progresso da sua terra natal e do Algarve em geral. O coronel Aboim Ascensão foi um militar prestigiadíssimo, que realizou com alta distinção o curso do Colégio Militar, seguindo depois para a Escola do Exército, onde cursou com alto aproveitamento a arma de cavalaria. Deixou em testamento vários donativos a diversos estabelecimentos de assistência social. Por outro lado, deixou um importante legado para a criação em Faro de uma casa de caridade, para recolha de velhos e crianças desamparadas que se denominaria por «Refúgio Aboim Ascensão». Com efeito, em 1933, o seu sobrinho e genro, Manuel Aboim Ascensão de Sande Lemos, no seguimento da referida vontade testamentária, instituiu o «Refugio Aboim Ascensão», que primeiramente funcionou como lactário e centro de apoio a mães solteiras, evoluindo depois para a prestação de serviços médicos às crianças recém-nascidas e bebés prematuros.
Cristóvão Colombo em Faro
No regresso da viagem da descoberta da América por Cristóvão Colombo, antes de dar a notícia ao Rei de Espanha, o almirante Colombo parou em Lisboa, onde esteve com o rei português e depois parou em Faro. Talvez tivesse como objetivo recolher informação sobre uma cidade que havia pertencido aos seus patronos, ou o estabelecimento de contactos com elementos de uma comunidade judaica com fortes ligações à Andaluzia, especialmente desde o decreto de expulsão dos judeus, pelos Reis Católicos de Espanha, em 31 de março de 1492.
Cruzeiro da Ermida de São Luís
Elemento em pedra de dimensões consideráveis. De fuste arredondado com terço superior delimitado por anel e os términos da cruz e dos braços em forma trilobada. A base da cruz é toscana. Assenta sobre uma base quadrangular composta por três degraus.
Cruzeiro de São Francisco
Elemento em pedra de dimensões consideráveis, composto por duas peças sobre plinto arredondado e base quadrangular de dois degraus. Servia para marcar o limite da antiga propriedade do convento franciscano tendo sido trasladado para o atual local.
D. Afonso III
D. Afonso III foi o Rei de Portugal de 1248 até sua morte e também o primeiro monarca português a utilizar definitivamente o título de Rei do Algarve. Voltou sua atenção para os propósitos da Reconquista do Sul da Península Ibérica às comunidades muçulmanas. Durante o seu reinado, Faro foi tomada aos mouros com sucesso em 1249 e o Algarve incorporado no reino de Portugal.
D. Francisco Gomes do Avelar
Homenagem da cidade ao bispo Dom Francisco Gomes de Avelar que dedicou a sua vida e riqueza a Faro, contribuindo de forma inequívoca para o seu desenvolvimento, nomeadamente através da construção de monumentos e de edifícios de interesse público.
Dr. Amadeu Ferreira D`Almeida
Pequeno busto localizado no centro do jardim da Praça Alexandre Herculano, que presta uma singela homenagem a Dr. Amadeu Ferreira D'Almeida (1876-1966). Político, da sua bibliografia destacam-se as obras: Dicionário excêntrico (1939); Visão duma Lisboa mais bela (1947); Recordando… memórias e impressões (1956); As Mais Belas Catedrais de Itália (1960).
Dr. Mário Lyster Franco
Mário Augusto Barbosa Lyster Franco, nasceu em Faro a 19 de Fevereiro de 1902 e faleceu em Camarate, Loures a 20 de Agosto de 1984. Foi um jornalista, escritor e político português. Destacou-se desde cedo como jornalista, tendo começado a escrever para o jornal 'O Algarve' aos 8 anos de idade. Aos 13 anos, fez parte do I Congresso Regional Algarvio, na Praia da Rocha, em Portimão. Enquanto frequentava o liceu, fundou uma revista e escrevia poesia para o jornal farense 'O Heraldo'. Entrou na Faculdade de Direito de Lisboa, onde concluiu a sua licenciatura em 1927, regressando depois ao Algarve. No entanto, não exerceu de forma significativa como jurista, tendo trabalhado principalmente como jornalista e como investigador. Fez parte do movimento de poesia futurista e foi redactor regional do jornal Diário de Noticias durante cerca de trinta anos. Mário Lyster Franco lutou principalmente pelo desenvolvimento cultural e económico do Algarve, tendo sido, durante mais de setenta anos, um divulgador da região, tanto a nível local como em Lisboa. Editou cerca de trinta livros sobre diversos assuntos, incluindo história e turismo, tendo sido pioneiro na publicação de guias bilingues sobre o Algarve, em 1944. Devido às suas fortes tendências regionalistas e nacionalistas, Mário Lyster Franco foi nomeado pelo Estado Novo como presidente da Câmara Municipal de Faro durante dois mandatos, de 1932 a 1934 e 1937 a 1939. Exerceu posteriormente como vereador na autarquia de Faro. Durante a sua permanência na autarquia farense, destacou-se por ter introduzido vários melhoramentos na cidade.
Dr. Silva Nobre
João Silva Nobre, médico, democrata, benemérito, nasceu em S. Brás de Alportel, a 20 de Janeiro de 1878 e faleceu em Faro, a 9 de Dezembro de 1968. Licenciou-se pela Faculdade de Medicina de Lisboa, com elevada classificação. Competente, generoso, altruísta foi chamado «o pai dos pobres», sempre disponível e pronto a ajudar os mais desfavorecidos. Republicano, esteve ao lado de João Rosa Beatriz na luta pela elevação da aldeia de S. Brás a concelho, luta em que nem sempre foram apoiados pelos correligionários de Faro, que não viam com bons olhos a separação da freguesia, que fazia, então, parte do concelho da capital algarvia. Com o advento da República, desempenhou vários cargos, cumulativamente com o exercício da medicina. Foi presidente da Câmara Municipal de Olhão, Governador Civil, substituto, e Presidente da Junta Geral do Distrito. Nunca pactuou com o salazarismo, e, apesar de vigiado pela PIDE, foi ativista do movimento de Unidade Democrática (MUD), apoiou energicamente a candidatura do general Norton de matos e, depois, a candidatura do general Humberto delgado, tendo recebido ambos os candidatos na sua casa, em Faro. Foi Director do semanário 'A ideia Republicana'. Em memória deste cidadão de corpo inteiro, que foi o Dr. João da Silva Nobre, a Câmara Municipal de Faro mandou erigir um busto, da autoria de Sidónio de Almeida, que se encontra em frente da casa onde o médico residiu.
Ferreira D`Almeida
A 5 de Julho de 1910, na oportunidade das festas da cidade de Faro, foi inaugurado o primeiro monumento civil da cidade, em homenagem ao cidadão José Bento Ferreira d’Almeida, na então avenida D. Amélia (hoje avenida da República). O magnífico e majestoso obelisco, que se ergue na baixa farense, foi oferecido à cidade pelos amigos do antigo ministro da marinha portuguesa, que nascera em Faro, a 7 de Maio de 1847 e falecera em Livorno (Itália), a 4 de Setembro de 1902. José B. F. D’Almeida figura destacável na política monárquica, vindo em grande ascensão de carreira militar, política e diplomática; oficial, governador em Moçambique, deputado, Par do Reino, foi um cidadão/político muito irrequieto, agredindo em plena Câmara de deputados, o ministro da marinha de então. Foi, enquanto ministro da marinha, um humanista, abolindo muitos castigos corporais, então existentes. O obelisco de Faro foi executado nas oficinas do mestre canteiro Tomaz Ramos, situadas na rua Miguel Bombarda.
Figura feminina
Peça artistica nas escadarias da Doca de Recreio de Faro.
Foral aos Mouros Forros
A cidade de Santa Maria de Faaron (Faro) é tomada, no ano de 1249, pelas tropas de D. Afonso III, que lhe viria a conceder duas cartas de Foral. A primeira, em 1266 e a segunda, destinada aos mouros residentes, em 1269, garantindo liberdade de culto e o direito de conservar propriedade, mediante o pagamento de um imposto especial, criando assim as condições para que grande parte da comunidade muçulmana continuasse a viver em Faro.
Foral da Cidade
A cidade de Faro foi uma das mais importantes do Gharb muçulmano, atingindo o seu apogeu como entreposto comercial entre o Mediterrâneo e o Atlântico, no século XII. Marcada claramente pelo traçado dos urbanistas do Império Romano, foi arabizada após 713. Em 1249 foi definitivamente conquistada por D. Afonso III, tendo recebido o seu 1º foral em 1266.
Homenagem ao Motociclista
O monumento de homenagem ao motociclista, foi inaugurado a 20 de julho de 2007 e representa a liberdade e o risco, o espírito presente nos motociclistas. Trata-se de uma moto estilizada, toda ela em aço inox polido, emanando muita luz, sobre uma placa inclinada que representa as vias de comunicação.
Infante D. Henrique
O infante D. Henrique, foi o terceiro filho do rei D. João I e nasceu no Porto a 4 de março de 1394, tendo-se constituído, ao longo da sua vida, como o grande impulsionador da Expansão e dos Descobrimentos Marítimos Portugueses. Participou na conquista de Ceuta ao lado do seu pai e irmãos em 1415, tendo sido igualmente durante a sua existência que Portugal consolidou a sua opção atlântica, de resto já patente aquando da aliança estabelecida com Inglaterra, em 1373. A sua atitude e perseverança refletiram-se na descoberta (1419) da Madeira, dobrar do cabo Bojador (1434), descoberta (1427) dos Açores, e chegada ao cabo Branco (1441), ilha de Arguim (1443), rio Senegal (1444), ilhas de Cabo Verde (1456) e Serra Leoa (1460). Com os seus navios às portas do golfo da Guiné, o infante D. Henrique faleceu em Sagres aos sessenta e seis anos, no dia 13 de novembro de 1460. Fruto de uma atitude tão pragmática quanto avisada, criou as bases com vista a dar continuidade à expansão marítima por si iniciada, permitindo que esta, após a sua morte, dispusesse de condições para ser prosseguida e que acabariam por se tornar num dos feitos de maior relevância na História da humanidade.
João de Deus
João de Deus de Nogueira Ramos, nasceu em São Bartolomeu de Messines a 8 de Março de 1830 e faleceu em Lisboa a 11 de Janeiro de 1896. Mais conhecido por João de Deus, foi um eminente poeta lírico e pedagogo, considerado à época o primeiro do seu tempo e o proponente de um método de ensino da leitura, assente numa Cartilha Maternal por ele escrita, que teve grande aceitação popular, sendo ainda utilizado. Gozou de extraordinária popularidade, foi quase um culto, sendo ainda em vida objeto das mais variadas homenagens. Foi considerado o poeta do amor e encontra-se sepultado no Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa.
Monumento aos Combatentes
Com o apoio do Município de Faro, o Núcleo de Faro da Liga dos Combatentes procedeu à criação desta obra, uma figura escultórica de representação e em honra dos combatentes do concelho de Faro mortos em campanha no Ultramar, contribuindo deste modo para a valorização da cidade dada a grande simbologia histórica e patriótica que o mesmo confere.
Nora da Horta do Ferragial
Em 1249, após um longo cerco à cidade, o Rei Dom Afonso III conquistou finalmente Faro aos Mouros. Conta a lenda que a tomada da cidade só foi possível porque uma princesa moura confidenciou a um cavaleiro português, por quem se havia apaixonado, o segredo para entrar no castelo. De acordo com esta lenda, após a conquista da cidade ao mouros, a princesa ter-se-á suicidado nesta nora situada na antiga horta do Ferragial.
Rotary Club de Faro
Rotary é um movimento internacional filantropo, com mais de um século de existência, composto por profissionais que procuram através de várias ações ajudar a humanidade. Para isso executam projetos sustentáveis em diversas áreas, como alfabetização, paz, saúde e recursos hídricos, estando sempre a procurar maneiras de criar um mundo melhor.
São Pedro
Por cima da porta principal da igreja Matriz de São Pedro encontra-se um nicho com a imagem de São Pedro. No interior, uma imagem em pedra de Nossa Senhora da Esperança e uma imagem de Santa Ana, atribuída ao escultor Machado de Castro, integram o espólio desta igreja, que inclui, ainda, telas e imagens provenientes de vários conventos.
São Tomás de Aquino
A estátua em mármore de São Tomás de Aquino encontra-se num nicho por cima do Arco da Vila, sendo um dos santos padroeiros de Faro.
Tomada de Faro
A Conquista de Faro ocorre através do rei D. Afonso III de Portugal, em março de 1249. A cidade de Faro, isolada e sem esperança de socorro por parte das forças muçulmanas, terá capitulado facilmente perante as forças das ordens militares, aguerridas e bem disciplinadas. Assim se explica que nas fontes coevas muçulmanas esta e outras praças algarvias surjam não como conquistadas, mas como "entregues" aos cristãos. Não se sabe ao certo se a conquista de Faaron teve um carácter violento ou negociado. Há no entanto notícias de que foram executadas obras de reparação no castelo e em alguns panos arruinados da muralha, o que deixa antever algum clima de “tensão” entre as duas forças.
