Alfândega
A primitiva alfândega, aqui localizada, remonta a 1499, ano em que D. Manuel promove uma reestruturação para a então vila de Faro, dotando-a de vários equipamentos. O atual edifício é resultado de uma remodelação ocorrida no século XIX, tendo sido efetuadas diversas beneficiações em anos posteriores. Mantém a função original albergando os serviços alfandegários de Faro.
Antiga Escola Normal Primária de Faro
Construída em 1878 para casa de habitação, este edifício serviu nos princípios do séc. XX de escola de formação de professores primários. Ainda na primeira metade do séc. XX, instalou-se aqui a Obra de Proteção às Raparigas e Lar de Nossa Senhora do Bom Sucesso. Mais recentemente, na segunda década do séc. XXI, o edifcio foi reabilitado para alojamento local.
Arco da Vila
O Arco da Vila, a entrada principal na Vila-Adentro, é o mais representativo monumento neoclássico da cidade. Inaugurada em 1812, esta entrada monumental foi mandada construir pelo Bispo D. Francisco Gomes do Avelar, segundo projeto do arquiteto italiano Francisco
Xavier Fabri. Em 1910 foi classificado Monumento Nacional. O Arco da Vila integra ainda os seguintes pontos de interesse patrimonial: a Porta Árabe, a Ermida de Nossa Senhora do Ó e o espaço museológico "Centro Interpretativo do Arco da Vila".
Arco do Repouso
O Arco do Repouso é assim designado por D. Afonso III aí ter repousado após a conquista de Faro aos mouros. Nesta entrada da Vila-Adentro é possível observar duas torres albarrãs (séc. XII - construção militar do período islâmico) e a Ermida de N. S. do Repouso (de 1710-30). O Arco do Repouso é um dos elementos que constituem a "Fortaleza de Faro", conjunto classificado como de interesse público.
Armazém do Patriarcal
Edificado em 1742, este edifício foi doado pela rainha D. Mariana ao Colégio da Patriarcal, a fim de nele ser recolhida a terça parte dos frutos provenientes do Bispado do Algarve. Apresentava um brasão sobre o portal, o qual foi retirado em 1967 e depositado no Museu Municipal de Faro. Na segunda metade do séc. XX funcionou aqui uma vidreira. Em 2018, o edifício foi reabilitado para restauração.
Banco de Portugal
O edifício do Banco de Portugal foi construído por volta do ano de 1926 no sítio do antigo mercado das Hortaliças. O projeto, da responsabilidade do arquiteto Adães Bermudes, segue a dinâmica das agências deste banco localizadas em outras localidades de Portugal. É um testemunho da arquitetura revivalista neo-manuelina com sugestões islamizantes na porta central. Atualmente, aqui permanencem os serviços do Banco de Portugal.
Casa Burguesa
Casa de estilo barroco edificada (provavelmente) nos finais de oitocentos. A casa pertence à igreja e é a sede da Caritas Diocesana do Algarve.
Casa Crispim
Esta edificiação serviu de habitação à Família Crispim, foreira do Capitão Mor, desde a segunda metade do seculo XVIII. É um edifício característico da arquitetura chã que sofreu algumas alterações, nomeadamente a construção de uma torre mirante. Entre 1975 e meados dos anos 90 do séc. XX, esteve aqui instalado o arquivo distrital de Faro. O edifício foi recentemente reabilitado para uso habitacional.
Casa da Antiga Rua do Pestana
É um edifício do séc. XIX com características da arquitectura chã. Quando foi construído, a fachada principal ficava na Rua da Misericórdia, antes denominada Rua do Pestana. Foi propriedade da família de José Alexandre Eusébio da Fonseca que fomentou algumas alterações ao edifício em 1937 e em 1940. O actual edifício resulta da junção com outra casa adjacente. Desde 2012 que está aqui localizado, o Consulado Geral do Brasil.
Casa da Família Cortes
Trata-se de uma construção onde se misturam elementos setecentistas e oitocentistas, localizada próximo do Arco do Repouso e da muralha medieval. No período de oitocentos, a casa pertencia a Francisco Lázaro Cortes e foi nesta fase que se registaram as maiores alterações, designadamente na fachada principal. Inclui um grande quintal que confina a Sul com o castelo (fábrica da cerveja). Atualmente tem uso habitacional.
Casa da Familia Trigoso
É uma casa edificada no séc. XIX que pertenceu à família Trigoso e mais tarde, foi propriedade do coronel Pires Viegas. É um dos exemplares de casa oitocentista, de desenho tradicional, que ainda caracterizam parcialmente o centro da cidade. A fachada principal encontra-se na Rua do Prior. Atualmente funcionam no edifício vários estabelecimentos comerciais e serviços.
Casa da Janela Renascentista
Esta casa sofreu profundas modificações durante o séc. XVIII e da antiga casa do séc. XVI pouco subsiste. Merece, no entanto, um olhar atento a janela de peitoril com moldura em cantaria, elemento do Primeiro Renascimento, existente no andar nobre da casa. O imóvel encontra-se em reabilitação, integrado num projeto habitacional mais alargado, mantendo-se apenas a fachada.
Casa da Maria Saúde Costa
Trata-se de uma casa do séc. XIX, de dois pisos, percorrida superiormente por platibanda. Pertenceu a Maria da Saúde Costa que, em 1910, mandou realizar obras e das quais resultou o acrescentamento parcial de um terceiro piso. Neste edifício localizava-se a centenária Mercearia Aliança. O edifício está atualmente entaipado e com obras de recuperação.
Casa da Padaria
É um edifício exemplar de arquitectura chã onde também se destaca outra fase de estilo revivalista em que foi anexado um corpo saliente, bem marcado pelo portal e pelo telhado de tesoura. Apresenta no exterior uma azulejaria alusiva a S. Gonçalo de Lagos. O edifício encontra-se parcialmente devoluto embora numa parte funcione a padaria.
Casa das Açafatas
A Casa das Açafatas é um expressivo exemplar da arquitetura Barroca algarvia. Foi mandada construir no segundo quartel do século XVIII pelo Capitão-mor Baltazar Rodrigues Neto. Na fachada, o centro é valorizado pelo brasão da família e pela riqueza ornamental – enrolamentos – que anima os vãos (porta e sacada). O logradouro da casa correspondia à antiga Horta da Mouraria, reminiscência do antigo bairro medieval.
Casa das Figuras
Situada numa das entradas de Faro, a Casa das Figuras foi mandada construir pelo Desembargador Veríssimo de Mendonça Manuel em meados do século XVIII, para servir de armazém agrícola à Quinta da Horta do Ourives (Conjunto de Interesse Público). É um edifício do tipo barroco vernacular e a sua fachada ostenta uma exuberante ornamentação. Actualmente é a sede da Orquestra Clássica do Sul.
Casa de Domingos Guieiro
A fachada deste edifício remonta à segunda metade de setecentos, tendo o resto do imóvel sido bastante alterado por Domingos Guieiro, que aqui residiu, nos finais de oitocentos. Após 1913, data da morte de Guieiro, a posse da casa passou para a Santa Casa da Misericórdia e até meados da segunda metade do séc. XX, aqui funcionou a Escola do Magistério Primário. Actualmente o imóvel encontra-se devoluto.
Casa de Fresco da antiga Quinta do Cercado
Edificada, possivelmente, nos finais do século XIX, esta Casa de Fresco deveria integrar um projeto mais amplo que nunca chegou a ser concretizado. Apresenta um modelo de gosto revivalista de inspiração mourisca, cuja autoria é desconhecida. Em termos urbanísticos, destaca-se a sua implantação no alinhamento do Largo de São Sebastião onde se ergue a Ermida com o mesmo nome. Esta Casa de Fresco foi recentemente recuperada, tendo as obras sido concluídas em 2020.
Casa de João de Carvalho Ferreira
Esta casa é um exemplar de arquitectura chã e pertenceu, no último quartel de setecentos, ao mercador João de Carvalho Ferreira. Anexa ficava a Ermida da Madalena, de origem tardo-medieval, transformada no séc. XX em casa de habitação e estabelecimento comercial, sendo ainda possivel observar o primitivo frontão da ermida.
Casa de José Maria Assis
Localizada na Vila-Adentro, esta construção é um dos exemplares de casa oitocentista, de desenho tradicional, que ainda caracterizam parcialmente o centro da cidade. Nos finais de oitocentos pertenceu a José Maria Assis, insígne investigador, assistente do Dr. Constantino Cúmano; juntos, participaram na procura de medicamentação que combatesse a sifílis. De destacar o monumental portão do jardim. Um busto daquele médico, que se encontrava no jardim, foi deslocado para o Museu Municipal de Faro.
Casa de Mateus da Silveira
Edificação construída nos finais do século XIX, em zona limítrofe da cidade, por um rico proprietário de vinhos e madeiras de nome Mateus Joaquim da Silveira. Em 1888, foi colocado nesta casa um dos primeiros telefones da cidade. As antigas cocheiras ficavam no edifício em frente, na Rua Infante D. Henrique. Em 1992, o edifício foi adaptado a Hospital Privado pelo arquiteto João Quirino. Atualmente encontra-se encerrado.
Casa de Miguel Pipé Amor
Trata-se de uma construção do séc. XVIII que segue o formulário da arquitectura chã. No séc. XX, foi propriedade do mercador Miguel Pipé Amor.
Casa de Saúde e Casa Júdice Fialho
Nos finais do sec. XIX, a Casa de Saúde serviu para tratamento da sífilis pelo Dr. Constantino Cúmano e pelo seu ajudante José Maria Assis. Depois manteve-se como Grande Hotel, tendo aqui pernoitado o Presidente da República Sidónio Pais (1917/ 1918). No último quartel do séc. XX, aqui funcionaram os serviços da Segurança Social. Atualmente encontra-se em reabilitação para hotelaria. A Casa de Júdice Fialho é adjacente à Casa da Saúde e em 1920 pertencia a este industrial. Posteriormente também fez parte dos serviços da Segurança Social. Em 2019, esta casa foi reabilitada para alojamento local.
Casa do Capitão Manuel de Oliveira
Do primitivo edifício quinhentista sobreviveu parte da estrutura, nomeadamente dois arcos de volta perfeita em cantaria e dois poços, um no interior e outro no logradouro. Nos finais do séc. XVIII, a casa pertenceu ao Capitão Manuel de Oliveira. Em 1912, com a implantação da República e a ocupação do edifício do Seminário Episcopal, os padres e os seminaristas instalaram-se aqui, onde também se recolheu, em 1914, o Bispo D. António Barbosa Leão, quando regressou do exílio. Atualmente funcionam no local os serviços da FAGAR.
Casa do Comendador Ferreira Neto
É um edifício que segue o esquema da arquitectura chã. Nos finais de oitocentos servia de habitação ao Comendador Ferreira Neto, elemento destacado na política regional, tendo sido dirigente do Partido Regenerador, Presidente do Município, Governador Civil e Director das Pescarias do Algarve. O edifício já teve várias intervenções e restauros. Tem actualmente diversos estabelecimentos comerciais e serviços.
Casa do Compromisso Maritimo
No ano de 1709, a Corporação dos Marítimos Portugueses mandou reconstruir a antiga casa medieval que ocupava, tornando-a num exemplar com características próximas da arquitetura chã. O edifício apresenta na fachada principal a imagem do patrono São Pedro Gonçalves Telmo. A fachada lateral apresenta dois arcos que pertenciam ao açougue. O imóvel está atualmente encerrado.
Casa do Coronel Fonseca
Exemplar da arquitetura chã, esta Casa pertenceu ao Coronel António dos Santos Fonseca, um membro ativo da Carbonária Portuguesa que se dedicou ao jornalismo. Foi também músico amador destacando-se, ainda, na pintura. Nesta moradia nasceu sua filha, Ema Romero dos Santos Fonseca da Câmara Reys, conhecida cantora e musicóloga que viria a casar com Luís da Câmara Reys, destacado intelectual e um dos fundadores da Seara Nova. O edifício está em reabilitação.
Casa do Dr. Brito da Mana
Construída no séc. XIX, é um dos exemplares de casa oitocentista, de desenho tradicional, que ainda caracterizam parcialmente o centro da cidade. No último quartel do séc. XX, funcionou aqui a Reitoria da Universidade do Algarve. Atualmente tem aqui lugar vários estabelecimentos de restauração e no 1º andar, a sede da Comissão para a Dissuação da Toxicodependência de Faro.
Casa do Gaveto
A Casa do Gaveto é uma construção dos finais de seiscentos ou inícios de setecentos, com formulário da arquitectura chã. Está localizada no gaveto das ruas Baptista Lopes e Vasco da Gama. No piso térreo os vãos foram bastante alterados devido à instalação de comércio.
Casa do Montepio dos Artistas
Edifício do séc. XIX. Desde 1856, serve de sede da Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Faro e desde o início do século XX, da Sociedade Recreativa Artística Farense. Está prevista a reabilitação do edifício.
Casa do Poeta Dr. Cândido Guerreiro
Nos anos quarenta do séc. XX, o traçado urbanístico da zona de Santo António do Alto, levado a cabo pela Câmara Municipal de Faro, implicou a demolição de uma moradia do Dr. Cândido Guerreiro. Em sua substituição, a edilidade encarregou o arquitecto Jorge Oliveira, dos Serviços de Arquitectura e Urbanismo da Junta de Província do Algarve, de projectar, em 1944, este edifício representativo dos valores regionais. Integra o "Conjunto Urbano entre o Mercado Municipal e a Escola Secundária João de Deus", classificado de interesse municipal.
Casa do Portal Manuelino
Este edifício foi reconstruído na segunda metade de setecentos. No interior do atual estabelecimento comercial (farmácia) podem ser encontrados vestígios do antigo edifício quinhentista, designadamente um poço e um portal manuelino que dava acesso a um pátio interior.
Casa dos Arouca
É um dos exemplares de casa oitocentista, de desenho tradicional, que ainda caracterizam parcialmente o centro da cidade. A casa foi mandada edificar em cerca de 1850, por uma família aristocrática - os Arouca. Nesta casa viveu D. Isabel Amália Agnes Caro da Fonseca Arouca e mais tarde, o poeta Bernardo de Passos. No piso térreo funcionou o periódico regional Correio do Sul e mais tarde, durante várias décadas do séc. XX, a Pensão Lumena. Atualmente aqui se localiza um alojamento local.
Casa dos Azulejos
A Casa dos Azulejos foi mandada edificar em 1926 pelo mareante Miguel Pipé Amor, a fim de servir de habitação a uma das suas filhas. A autoria do projecto deve-se ao engenheiro José Barros. A fachada é totalmente coberta por azulejaria.
Casa dos Condes de Santa Maria
A fachada principal da casa comporta um ângulo côncavo por ter seguido o traçado da rua. Destaque para a zona de quintal adjacente à muralha. A edificiação encontra-se devoluta.
Casa dos Lamprier
O actual edifício remonta ao terceiro quartel do século XVIII e resultou da reconstrução do primitivo edifício tardo-medieval. Foi mandado edificiar por João Lamprier, negociante inglês, estabelecido em Faro, para habitação própria e é um exemplar de arquitectura barroca. Atualmente, é a sede de uma instituição de apoio a crianças diminuídas mentais: a AAPACDM.
Casa Ferreira da Silva
Consta que o edifício serviu como antiga Estalagem de S. Pedro. No séc. XX, viveu nesta casa a família Ferreira da Silva e no piso inferior esteve sediado o jornal regional "O Algarve" (redacção e administração), a mais antiga publicação deste tipo na região. O interior do edifício já teve várias obras de remodelação. Atualmente funciona no rés-do-chão um estabelecimento de restauração.
Casa Gertrudes de Conceição
Casa edificada no séc. XIX com dois pisos, a que mais tarde se acrescentou um terceiro andar. Actualmente o edifício encontra-se devoluto.
Celeiro da Horta de São Francisco
edifício de estilo barroco mandado construir, na primeira metade do séc. XVIII, pelo Desembargador Veríssimo de Mendonça Manuel como casa de fresco. A designação de celeiro surge posteriormente pelo uso dado pelos Frades Marianos. O Desembargador patrocinou também o conjunto da Quinta do Ourives, a Casa das Figuras e o Solar do Capitão-mor e indissociável deste percurso mecenático, é a figura de Diogo Tavares de Ataíde, mestre pedreiro algarvio que executou as obras encomendadas por Mendonça Manuel.
Cemitério da Colónia Judaica de Faro
É o único vestígio da próspera comunidade judaica estabelecida na cidade nos princípios do séc. XIX e que incluiu sessenta famílias e duas sinagogas. O terreno foi comprado, em 1851, por Joseph Sicsu, o Cantor, Moses Sequerra e Samuel Amram. À entrada, por cima do portal, está a data de 5638, correspondente à data cristã de 1887, que terá sido aí colocada aquando da construção do muro envolvente. As datas do primeiro e último enterramento – 1838 e 1932, respetivamente – informam que a utilização deste equipamento foi de cerca de um século.
Cerca Seiscentista (troços)
Mandada construir em 1660, surge na sequência de uma eventual retaliação à Restauração de 1640 por parte das hostes espanholas e consistia numa segunda cintura muralhada. Existem mais dois troços visiveis, no Largo de N. Sr.ª da Esperança (vestígios arqueológicos do baluarte em frente à porta do cemitério) e na Rua de Loulé n.º 2 a n.º 4 (troço de baluarte reaproveitado como parede de uma habitação).
Colégio de Santiago Maior (Teatro Lethes)
Edifício construido em 1603 para o Colégio da Companhia de Jesus. Aquando da expulsão dos Jesuítas, em 1759, foi integrado no Erário Régio. Em 1843, após a implantação do Liberalismo, foi adquirido pelo Dr. Lázaro Doglioni e a adaptação a teatro esteve a cargo do seu sobrinho, Dr. Justino Cúmano, culminando na inauguração do Teatro Lethes em 1855. Na fachada deste edifício pode ler-se a inscrição latina “MONET OBLECTANDO”, que significa “Instruir Divertindo”. Nas obras de recuperação do inicio do século XX, sobressai o contributo do pintor algarvio José Filipe Porfírio. Atualmente, o Teatro Lethes tem gestão da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve.
Conjunto de Casa Nobre, Capela e antigas dependências agrícolas da Horta do Ourives
Este conjunto, onde se destaca o solar setecentista de arquitetura chã, é considerado como uma "horta algarvia", em todo o verdadeiro sentido da palavra e, ao mesmo tempo, uma antiga quinta de lazer e recreio do século XVIII, onde se conseguiu, uma perfeita síntese de valores da cultura local com elementos eruditos cortesãos importados e adaptados. Pertenceu a Veríssimo de Mendonça Manuel (1669-1742), um dos mais ilustres algarvios. É sede da Associação Filarmónica de Faro e do Grupo Foclórico de Faro.
Conjunto dos Hangares e do Comando da Guarda Fiscal
Situado na Ilha da Culatra, este conjunto corresponde a diversas estruturas erguidas na primeira metade do século XX, na sequência da 1ª Guerra Mundial e deles apenas restam os vestígios das fundações do que seriam duas estruturas que se destinavam ao estacionamento de hidroaviões. O conjunto destinado ao Comando da Guarda Fiscal, localizado na zona central da ilha, terá sido erguido em 1957, em substituição de edifícios construídos antes de 1922 e encontram-se em ruína.
Conjunto Urbano entre o Mercado Municipal e a Escola Secundária João de Deus
Conjunto urbano desenvolvido nas décadas de 40 e 50 do século XX, com base no Ante Plano de Urbanização do Arqtº João Aguiar (1945; 1947 – alterações; 1963 – revisão). Os imóveis destinavam-se, na sua grande maioria, a uma classe média-alta que estava em amplo crescimento na cidade durante esse período. Conserva ainda uma relevante homogeneidade formal, com bons exemplos de arquitetura tradicionalista do Estado Novo e do modernismo experimental.
Convento de Nossa Senhora da Assunção
O Convento de Nossa Senhora da Assunção (atual Museu Municipal) foi fundado por D. Leonor e destinava-se às freiras Capuchas de Santa Clara. As obras tiveram início em 1519 e após alguns anos de interrupção, ficaram concluídas em 1548. O Convento foi erguido no local onde se havia situado o bairro judeu de Faro. Esta notável obra arquitetónica, atribuída ao mestre Afonso Pires, foi classificada como Monumento Nacional em 1948, e o seu claustro é considerado pelos historiadores de arte como um dos primeiros exemplares da tipologia proto-renascentista em Portugal.
Convento de São Francisco
O primitivo convento foi construído a partir de 1529 em terrenos doados por D. Vilhena Branca. Foi totalmente reconstruído após o terramoto de 1755. Em 1834, o Regimento de Infantaria tomou posse do edifício, adptando-o a quartel. Em 1992, foi adquirido pela Escola de Hoteleira e Turismo e sujeito a um projeto de reabilitação da autoria do arquiteto Carrilho da Graça. É um dos melhores exemplos de reabilitação de edifícios existentes no Algarve, onde é evidente a interação da contemporaneidade com o valor patrimonial.
Coreto de Faro
Este equipamento, inicialmente destinado à apresentação de bandas e concertos musicais, está integrado num dos principais espaços públicos da cidade, o Jardim Manuel Bivar. A sua construção foi decidida em Sessão de Câmara de dia 13 de julho de 1893, e tudo indica que se iniciou no ano seguinte, após a carta que a edilidade recebeu da Companhia Aliança do Porto, provável responsável pelo projeto.
Edificio da RTP
O Edíficio encontra-se localizado num terreno adquirido pelo município em 1949 e cedido ao Estado dois anos depois, para a instalação do Emissor Regional do Sul e da antiga Radiodifusão de Portugal (RDP). O Edíficio da RTP apresenta um valor cultural relevante para o município pelas características arquitetónicas de estilo "Português Suave" e pelos valores simbólicos que representa na memória coletiva do Algarve.
Edifício do Café Aliança
Neste local funcionou o Jornal “o Heraldo” (fundado em 1912 por Carlos Lyster Franco) e a leitaria Aliança. Após um incêndio, o proprietário, José Pedro da Silva, apresentou, em 1930, um novo projeto para café da autoria de Quintas Júnior. Este edifcio é hoje um exemplar da arte revivalista com influências neo-clássicas e o Café Aliança, o mais antigo e com maiores tradições culturais na cidade. No séc. XXI, o Café Aliança esteve encerrado durante alguns anos, reabrindo em 2016 após requalificação. Desde 2020 que está novamente encerrado.
Edifício do Hotel Nicola
Este edifício segue o formulário da Arquitectura Chã, sendo que o último andar resultou de obras realizadas no séc. XIX, numa fase em que funcionou como Hotel (Nicola). Contava-se que o deputado José Bento Ferreira de Almeida, das janelas deste edifício, costumava fazer propaganda política. Outra personalidade ilustre associada, foi o pintor Lyster Franco, que residiu no segundo andar desta casa. Em 1946, o piso térreo foi modificado, com a abertura de vãos. Actualmente tem vários estabelecimentos comerciais.
Edifício Quinhentista/ Casa dos Telhados de Tesoura
Este edifício quinhentista, com expressivos telhados de tesoura, é um testemunho arquitetónico do que seria a cidade antes do terramoto de 1755. O edifício localiza-se fora das antigas muralhas medievais (Vila-Adentro) e perto da ribeira que criava uma zona alagadiça que acabou por dar o nome de Alagoa à zona localizada mais a nascente. Atualmente tem instalado um estabelecimento de restauração.
Edifício Setecentista
É uma obra setecentista de arquitectura chã, uma tipologia muito habitual em Faro. O edifício foi reabilitado e nele funcionam os serviços da Seguradora Fidelidade.
Edifíco do Governo Civil de Faro
O edifício do Governo Civil de Faro foi construido em 1872 sobre um palacete preexistente, o Palacete do Conde de Alte, adquirido em 1869 para centralizar os serviços da sede regional do Governo Parlamentar (resultante da implantação do Liberalismo, em 1834). O edifício está localizado junto das muralhas medievais e é adjacente ao Arco da Vila. Apresenta o brasão nacional no frontão triangular. Encontra-se fechado na sequência da extinção dos Governos Civis em 2012.
Ermida de Nossa Senhora da Esperança
Esta Ermida foi edificada nos finais do séc. XV, inícios do séc. XVI, para receber os restos mortais do seu fundador, João Amado – um cavaleiro e criado do bispo D. João Camelo Madureira. No século XVII, foi incluída dentro da cerca seiscentista, cujos vestígios ainda permanecem junto da ermida. No século XVIII, o edifício teve profundas modificações na sequência dos terramotos de 1722 e 1755 e alterações realizadas pela confraria de Nossa Senhora do Carmo que aqui se instalou provisoriamente. Teve obras de reabilitação entre 1997 – 1999.
Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz
Situa-se no Largo do Pé da Cruz, outrora designado Poço dos Cântaros. Foi edificada nos limites da cidade, junto ao Campo da Trindade e como data de construção, aponta-se o ano de 1640. Anos mais tarde, foi incluída dentro da cerca seiscentista. A fachada foi modificada no séc. XVIII, apresentando uma tipologia maneirista e rococó. Também do séc. XVIII (3.º quartel), data o Paço Monumental que se encontra nas traseiras do edifício. É de realçar o belíssimo acervo escultórico e pictórico que se encontra no seu interior, de época barroca.
Ermida de Nossa Senhora do Repouso
Localiza-se no Arco do Repouso, na parte interior duma das torres albarrãs. A sua construção, destinada a acolher a imagem de N. Sr.ª do Repouso que aqui se encontrava, foi patrocinada pela rainha D. Mariana nos inícios do séc. XVIII. A devoção à imagem surge na lenda que D. Afonso III, após a conquista da cidade em 1249, repousou neste local e que durante o descanso lhe apareceu a imagem de N. Sr.ª. Em 1730, o mestre pedreiro, Teodósio Pereira, ajustou a fachada, feita à semelhança da primitiva fachada da Igreja de São Francisco.
Ermida de Santo António do Alto
A Ermida de Santo António do Alto foi construída junto a uma atalaia medieval, muito provavelmente, na segunda metade do século XV. No século XVI e nos inícios do século XVIII foi alvo de várias alterações. É de salientar o espólio artístico que se encontra no seu interior, bem como a espetacular vista sobre a cidade, proporcionada pela torre medieval, de que os visitantes podem usufruir. Encontra-se em vias de classificação como imóvel de interesse público.
Ermida de São Luís
A Ermida de São Luís é uma pequena capela edificada no séc. XVII. No 3.º quartel do século XVIII, foram reconstruídas a cúpula e a capela-mor segundo o formulário rococó. No início do séc. XIX (1806), foi bastante remodelada, sob a orientação do Bispo D. Francisco Gomes do Avelar. As obras, de índole neoclássico, foram da autoria do arquiteto italiano Francisco Xavier Fabri, sendo de destacar a execução do retábulo da capela-mor e da fachada principal.
Ermida de São Miguel
A Ermida de São Miguel é um pequena capela particular, integrada numa propriedade senhorial (designada horta de São Miguel) nos arredores da cidade, com porta principal para a actual estrada da Senhora da Saúde.
Ermida de São Sebastião
A sua construção remonta aos finais do século XV, inicio do séc. XVI. Por se tratar de uma ermida invocativa a São Sebastião, santo protetor das pestes, foi edificada nos arrabaldes da cidade e excluída, no século XVII, da cerca seiscentista. Em 1596, devido à invasão das tropas inglesas do conde de Essex, ficou muito danificada. O bispo Fernando Martins Mascarenhas responsabilizou-se pela sua recuperação, tendo para o efeito financiado a obra. Na segunda metade do séc. XVII foi ampliada e na década de 40 do séc. XX foi alvo de restauro.
Fábrica da Cerveja (Castelo)
A Fábrica da Cerveja situa-se numa parte do antigo castelo. Antes da sua edificação, ocorrida entre 1930 e 1940, esta zona já vinha sendo ocupada por instalações fabris desde o final do século XIX e inícios do século XX. Entre 1968 – 1992, a Fábrica da Cerveja foi ocupada pela Cervisul (sociedade distribuidora de cerveja e vinhos do sul) e pelo Regimento de Infantaria do Sul. Em 1998-1999, o imóvel foi adquirido pela Câmara Municipal de Faro, sendo atualmente sede da ARCM - Associação Recreativa e Cultural dos Músicos.
Fortaleza de Faro (incluindo todo o conjunto de elementos ainda existentes das muralhas)
As muralhas da Vila-Adentro – núcleo primitivo da cidade de Faro – são o testemunho privilegiado de uma história milenar, moldada por diversos povos e culturas. Apresentam forma ovalada e possuem um pequeno troço com ameias e passeio de ronda. Remontam
ao período pré-romano, mas foram bastante ampliadas pelos romanos e bizantinos (séculos I a VI d.C), pelos árabes (séculos IX e XI d.C), e finalmente os portugueses (séculos XIII, XVI e XVIII).
Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo
Foi fundada em 1713, pelo Bispo D. António Pereira da Silva, em terrenos pertencentes à Horta de São Pedro, no interior da cerca seiscentista. O Padre Frei Manuel da Conceição foi o responsável pelo risco da primitiva igreja. A partir de 1747, uma nova construção de maior dimensões foi edificada, sendo responsável pela obra o mestre pedreiro Diogo Tavares de Ataíde. A igreja é um exemplar da arquitetura barroca, com fachada simétrica em estilo D. João V. No antigo cemitério anexo, destaca-se a Capela dos Ossos, construída em 1816.
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco
Construída em finais do século XVII, esta igreja foi profundamente remodelada após o terramoto de 1755, constituindo um bom exemplo da transição do estilo tardo-barroco para o neoclassicismo que Bispo D. Francisco Gomes do Avelar introduziu no Algarve. No interior, salientam-se os painéis de azulejo setecentista e a talha dourada e policroma, de feição barroca e rococó.
Igreja e antigo Convento de Santo António dos Capuchos
Exemplar de arquitectura chã, esta Igreja foi mandada construir em 1620 pelo Bispo D. João Coutinho. As obras prolongaram-se até 1622 tendo sido inaugurada a 13 de junho, dia do padroeiro Santo António. No final dos anos oitenta do séc. XIX, no convento foi instalada a Cadeia da Comarca que saíra do Largo da Cadeia, hoje Praça Ferreira de Almeida. Nos inícios do século XX, instalou-se no convento a Guarda Nacional Republicana, onde se encontra até aos dias de hoje.
Igreja e Hospital da Misericórdia de Faro
No século XVI é edificada a Igreja manuelina do Espírito Santo, hoje Igreja da Misericórdia. Os danos causados pelo terramoto de 1755 obrigaram a uma reformulação da sua fachada, obra que ficou a cargo do arquiteto italiano Francisco Xavier Fabri. Junto à igreja foi edificado, no século XVIII, o Hospital da Misericórdia, por mão de D. Francisco Gomes e onde funcionou o Hospital Central de Faro até à construção, em 1980, do hospital Distrital. Atualmente, na parte do Hospital, funciona o Lar da Santa Casa da Misericórdia. O edifício integra vários estabelecimentos comerciais e o mosaico relativo à passagem de Cristóvão Colombo por Faro.
Igreja Matriz de São Pedro
Em 1577, com a transferência da Sé da cidade de Silves para Faro, a Ordem de Santiago que então ocupava a Igreja de Santa Maria, é obrigada a abandoná-la, indo construir uma nova igreja no local onde já existia, desde 1518, uma capela fundada pelos pescadores residentes no bairro da Ribeira. Surge assim a Igreja de São Pedro ou Igreja paroquial, construção cujo interior em muito se assemelha ao da Sé. O exterior da igreja e o espaço público envolvente foram requalificados em 2019.
Paço Episcopal de Faro
O Paço Episcopal de Faro foi construído entre finais do século XVI e o início do século XVII, após a transferência da sede de bispado de Silves para Faro. Este notável edifício de estilo chão com telhados de quatro águas, foi parcialmente reconstruído após o terramoto de
1755, servindo até hoje como residência oficial do Bispo do Algarve. Actualmente, podem aqui ser visitadas duas exposições, a "Exposição Azulejos do Paço Episcopal de Faro" e a “Exposição para a Difusão do Conhecimento – Núcleo Histórico da Imprensa de Gutenberg e do Pentateuco de Faro”.
Paços do Concelho de Faro
O edifício dos Paços do Concelho de Faro localiza-se no centro da Vila-Adentro. Para ampliação do antigo edifício e construção de um novo imóvel, foi adquirida uma casa anexa. As obras tiveram início em 1883 prolongando-se pelas décadas seguintes. Em 1945, sob a responsabilidade do arquiteto Jorge Oliveira, a fachada principal do edifício foi renovada. Destaque para o átrio e para a escada de acesso ao andar nobre.
Palacete Belmarço
O Palacete Belmarço foi mandado construir pelo abastado comerciante Manuel de Jesus Belmarço para sua habitação. O projeto é de 1912 e da autoria do Arq. Manuel Joaquim Norte Júnior, constituindo um exemplar de arquitetura revivalista. No interior merecem referência dois painéis de azulejos, datados de 1916 e assinados por Pinto, representando a Torre de Belém, o Porto de S. João do Estoril, o Castelo da Pena, entre outros locais. Aqui esteve instalado o Tribunal de Trabalho de Faro. O edifício foi restaurado em 2018 e actualmente é sede de um grupo empresarial.
Palacete do Tenente João de Carvalho
Palacete construído no inicio do séc. XIX, provavelmente pelo Tenente João de Carvalho (filho de João de Carvalho Ferreira). Em 1833, consta que aqui esteve instalado o quartel general e a sede do governo do Duque da Terceira e do então Marquês de Palmela. Em 1920, o Palacete pertencia a Paulo Cúmano. O Círculo Cultural do Algarve esteve aqui instalado desde 1942 até final do séc. XX. Entre 2013 e 2017, funcionou como espaço cultural - Palácio do Tenente. Foi reabilitado recentemente para alojamento local e serviços e tem vários estabelecimentos comerciais.
Palacete Doglioni
Nos pricípios do sec. XIX, o edifício foi comprado pelo médico italiano Dr. Lázaro Doglioni para sua habitação e daí resultaram obras de adaptação que valorizaram o corpo central do edifício. Em 1920, João António Júdice Fialho – proprietário – procedeu a novas obras da fachada principal. Mais recentemente, esteve alugado à Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve e em 2008, a CCDR-Algarve conclui a reabilitação e adaptação geral do edifício, instalando aqui diversos serviços.
Palacete Ferreira de Almeida
Exemplar de arquitectura Chã, apresenta a fachada principal na Praça Ferreira de Almeida. Defronte situava-se a Cadeia da Comarca, entretanto demolida. Em 1834, servia de residência ao capitão José Bento Dias Ferreira e em 1847, nascia aqui, José Bento Ferreira de Almeida, que viria a salientar-se como Deputado, Par do Reino e Ministro da Marinha. Atualmente o edifício tem diversos estabelecimentos comerciais e serviços.
Palácio Bivar
O Palácio Bivar foi mandado edificar no século XVIII pelo Coronel de Milícias Manuel José Gomes da Costa, primeiro marido de D. Maria da Paz Bivar. É o melhor exemplar da arquitectura civil neo-clássica no Algarve. O brasão dos Bivar figura na cobertura dos lanços de escada que conduzem ao andar nobre e a pintura foi executada por um dos descendentes, Dr. Justino de Bivar Weinholtz. Actualmente uma parte do imóvel continua a ser residência dos descendentes e a restante tem diversos estabelecimentos comerciais e serviços.
Palácio das Lágrimas
É um dos exemplares de casa oitocentista, de desenho tradicional, que ainda caracterizam parcialmente o centro da cidade. Nos finais do sec. XIX, foi habitado pelo organista Militão L. Garcia, que após o nascimento do filho se esqueceu de voltar a casa. A esposa, Maria Augusta Pereira Coelho, tantas lágrimas chorou que deu o nome à casa. Em 1924, o proprietário Belchior Martins Gallego realizou algumas alterações. Tem actualmente diversos estabelecimentos comerciais e serviços.
Palácio Fialho
Foi construído, entre 1915 e 1925, por encomenda do industrial João António Júdice Fialho. O projeto, da autoria de Manuel Joaquim Norte Júnior, data de 1913 e insere-se no período revivalista, com influências da arte clássica francesa. Por volta de 1960, o palácio foi adquirido pela Diocese do Algarve para fins de adaptação a colégio. Neste âmbito, o projeto de ampliação foi entregue ao Arq. Gomes da Costa e aqui ainda hoje funciona o Colégio de Nossa Senhora do Alto.
Palácio Guerreirinho
Trata-se de um edifício revivalista de influências neo – clássicas, mandado edificar em 1936 por Francisco Guerreiro Pereira Júnior, cujas iniciais se encontram destacadas na fachada principal. O autor do projeto foi o arquiteto Manuel Joaquim Norte Júnior. O interior apresenta interessantes trechos decorativos, nomeadamente sobre o Palacete da Fonte da Pipa, outrora pertencente a esta família. Atualmente, pertence ao Ministério do Exército e funciona como messe dos oficiais.
Porta Nova
A Porta Nova foi construida em 1630 no recinto amuralhado medieval para acesso directo aos navios ancorados na ria. Está integrada no conjunto classificado "Fortaleza de Faro".
Quinta da família Bívar Cúmano (Nora, tanque e portal anexos)
A antiga Quinta da família Bívar Cúmano corresponde a uma propriedade rural localizada no sítio do Rio Seco. Esta propriedade, associava as áreas de produção agrícola com espaços de uma típica quinta de lazer e recreio, do século XVIII. Hoje, lamentavelmente em ruínas, do conjunto apenas subsiste um portal secundário e um conjunto formado por tanque retangular e nora.
Sé Catedral de Faro
A Igreja da Sé foi construída sobre as ruinas do antigo templo romano e foi mesquita durante o período árabe sendo adaptada a igreja após a conquista cristã de D. Afonso III. Foi elevada a sede de bispado em 1577, ano em que ocorreu a mudança do assento episcopal de Silves para Faro. O exterior do edifício reflete a intervenção de várias épocas, com um interior de características renascentistas e uma decoração de estilo barroco.
Seminário Episcopal de São José
O Seminário Episcopal de São José é um edifício de arquitetura rococó e neoclássica, mandado construir por D. José Maria de Mello, entre 1787 e 1789. Posteriormente, D. Francisco Gomes mandou ampliar tendo sido contratado o arquiteto genovês Francisco Xavier Fabri. Em 1910, o Seminário foi "nacionalizado", tendo servido de quartel para o Regimento de Infantaria 33 e nos anos 40 do séc. XX, foi devolvido à Diocese do Algarve. O edifício ainda mantém a função para o qual foi construído, a formação do clero regular.
Solar do Capitão Mor
O Solar do Capitão Mor foi mandado construir pelo Desembargador Veríssimo de Mendonça Manuel. O edifício ficou concluído em 1751, constituindo um dos melhores exemplares da habitação barroca da cidade de Faro. É provável que o projeto seja de Diogo Tavares e Ataíde, o mais prestigiado mestre pedreiro algarvio. No século XIX, foi residência da familia de Abraão Amram (judeu) que promoveu obras no interior do edifício. Em 1936, acolheu o Colégio Algarve que permaneceu em funcionamento até 2014.
Solar dos Gárfias
O Solar dos Gárfias é um edifício barroco construído no segundo quartel do seculo XVIII e situado na Rua Tenente Valadim, outrora Rua dos Gárfias. Na segunda metade do século XVIII, foi habitado pelo Dr. Manuel de Gárfias. Nos meados do século seguinte, aí se instalaram o morgado Francisco de Paula Sárria e seus herdeiros. Os vãos do piso térreo foram quase todos alterados aquando da instalação de comércio. No interior existe a cúpula da capela da casa, hoje integrada no edifício.
Solar dos Pantojas
O Solar dos Pantojas é um edifício de arquitetura chã, datado de finais do século XVII que nos princípios do século XVIII, pertenceu a Gil Vaz Lobo Freire Pantoja. Em 1733, a sua filha casou com o seu primo Damião António de Lemos Faria e Castro (o mais ilustre historiador algarvio). No imóvel já esteve instalado o Museu Marítimo e desde 1917 que nele está sedeado o Clube Farense (espaço cultural). Em 2005, foi temporariamente cedido para as instalações do Gabinete do Comissariado do evento “FARO, Capital Nacional da Cultura 2005”.
Solar dos Sárrias
O Solar dos Sárrias está localizado na Vila-Adentro e foi propriedade de uma família nobre da região do Algarve - os Sárrias. Trata-se de uma construção que segue o esquema da arquietctura chã. A fachada principal comporta um ângulo côncavo por ter seguido o traçado da rua. Atualmente, no edifício funcionam os serviços das "Águas do Algarve".
Vivenda Marília
A Vivenda Marília foi mandada construir em 1930 pelo advogado Dr. Rita da Palma. O projecto inicial sofreu várias alterações por sugestão da mulher do dono e do empreiteiro Guilherme que havia regressado de Marrocos. Estas mudanças e o design da fachada foram influenciadas pelo estilo marroquino e o trabalho de estuques, que decora a fachada, realizado por Vieites.
